A beleza na sociedade atual possui extremo valor influenciada por diversos mediadores da imagem corporal, como as redes sociais e televisão, e por uma pressão sociocultural a padrões estabelecidos.
Temos uma identidade pessoal que é ligada a nossa aparência, e esta passa muitas mensagens sobre nossa personalidade. Nesse contexto, a maioria das pessoas que procuram a Ortognática, além dos problemas funcionais, convivem com algum grau de estigma ou insatisfação com a aparência da sua face.
Esta insatisfação pode contribuir no estabelecimento de problemas de ordem psicológica e alterações comportamentais (vergonha de sorrir, dificuldade de sair em fotos, timidez) que acabam prejudicando a autoestima, a socialização e o desempenho de suas atividades.
De forma a agravar ainda mais esta situação, existem momentos em que pessoas do convívio, por ignorância ou maldade, fazem brincadeiras ou comentários de forma a depreciar ainda mais a aparência e a imagem do indivíduo (“Bullying”).
Pelo fato da Ortognática, comprovadamente, prover mudanças expressivas na estética facial muitas expectativas estéticas são geradas. Porém, em alguns casos, estas expectativas podem ser irreais e exageradas, principalmente quando se atribui à Ortognática a necessidade de transformar sua vida e resolver todosos seus problemas, ou quando o indivíduo imagina seu resultado
com base no de outras pessoas.
Deve-se entender que quanto maior a expectativa maior a chance de frustração. Por isso que é importante conhecer todas as possibilidades e limitações do seu caso.
No pós-operatório, mesmo em casos perfeitamente sucedidos, o paciente pode precisar de um tempo de adaptação à nova face até que volte a sentir identidade com seu rosto e suas expressões.
Ainda na fase pré-operatória, um fenômeno comum é que alguns indivíduos possuem algum grau de fobia de ir ao dentista e isto se potencializa quando se pensa em cirurgia.
O medo representa uma resposta natural a situações compreendidas como “estressantes” e sobre as quais o indivíduo se sente impotente. Assim, esta sensação deve ser controlada.
Em indivíduos com tendência a procrastinação (ato de adiar ao máximo realização de tarefas importantes), o medo (ou outros empecilhos) podem servir como “desculpa” para a desmotivação e não realização adequada das etapas de preparo, vindo a prejudicar o tratamento e a si próprio.
Uma das estratégias para superar estas emoções é entender que a cirurgia é segura e fundamental pra sua saúde, e perceber que seu comportamento vai ser fundamental para o sucesso final.
Indivíduos esclarecidos, motivados, otimistas, colaborativos e que entendem o poder de suas atitudes tendem ater mais segurança nas e tapas e obterem os melhores resultados.
Cabe ao cirurgião conversar, entender e conhecer o paciente, de forma a identificar a necessidade de um acompanhamento psicológico especializado. A atuação do Psicólogo buscará identificar o perfil do indivíduo e prover o suporte para superação dos medos, angústias e ansiedades, deixando o paciente mais tranquilo e seguro.
A cirurgia por si só não pode prometer uma mudança radical na sua vida, mas buscará propiciar plena função e harmonia da face, impactando de forma positiva na qualidade de vida e autoestima.
Felizmente, mais de 90% das pessoas operadas vivenciam esses benefícios com consequências positivas no comportamento, autoconfiança, humor e felicidade.
Porém, para se colher os resultados, é importante que haja um equilíbrio emocional e atitudes otimistas desde a etapa pré-operatória até a obtenção do resultado final.